11/01/2019 | Por: Vilebaldo Nogueira Rocha | Visitas: 1213
A morte veio para ti, Drummond!
Veio leve e mansa feito morte de passarinho.
Só os seres de alma livre morrem assim:
Calmo, sereno e sem desespero.
De repente em minha cabeça teus poemas dançavam fragmentados.
E agora!!??
Agora já não há música na rua...
Parece haver lágrimas no ar...
Bocas murmuram: Drummond morreu!
Enquanto eles velam teu sono, teu corpo, tua morte,
eu deito meus olhos famintos em teus poemas,
e existe neles tanta vida,
que eu sinto que tu acabas de nascer:
nasce quando já é eterno.
Morre o homem,
nasce o poeta
e o povo bebe seu sangue.
Bebamos os versos de Drummond!!
Agora dorme Poeta, dorme;
que o povo cantará teu canto.
É esse o manto que te cobrirá:
Tua poesia na boca daqueles a quem exaltaste.
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