16/03/2019 | Por: Vilebaldo Nogueira Rocha | Visitas: 1260
Após muito sangue no asfalto
E muitas cruzes não fincadas,
Um elefante cruza a avenida:
Um arco-íris de cimento e ferro.
O povo prefere costurar os carros,
Colocar o coração nos pés
E o resto deixar com Deus.
Governantes não ouvem a voz da rua.
Suspenso no ar fica o elefante –
Nuvem escura que não chove –
E Deus, de mãos atadas.
O sol seca o suor e o sangue
Do povo, ali derramado em vão.
Cartão postal da inutilidade.
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