26/03/2019 | Por: Vilebaldo Nogueira Rocha | Visitas: 1677
Uns meses trazem a esperança renovada.
O homem insemina a terra
E do céu espera a bondade divina
Derramada em lágrimas férteis
Sobre o solo árido.
Mas um sol rude resseca os dias,
Seca a fé de homens fortes.
Planta a desolação
Nos rostos sulcados.
A mesa, o prato, a barriga
Esperam o pão que a terra amassa.
Os olhos espiam o tempo
Que não muda.
A fome não espera...
Devora.
O chão engole calado
O coro e o osso.
O homem olha o roçado, a mulher,
Os filhos: _ Pai, e Deus?!?!
O homem rumina:
Em São Paulo a vida é fácil.
A ilusão o perseguirá até a hora da morte.
Uns perdidos
Nas estradas do mundo;
Outros enterrados
No oco do mundo.
E a vaca magra sentada à mesa.
Comentar matéria
Seja o primeiro a comentar esta matéria!
Veja mais poesias:
Uma ponte
Sobre um rio
Imita um arco-íris
Uma chuva
No meio da tarde
Alimenta...
Chove
quotidianamente nos meus olhos
a infinita melodia do passado.
A ausência...
Meu verso é lento e tardio
Às vezes demora chegar,
Mas no escuro do estio
Quatro paredes sólidas
Homem ...
Esparramada sobre ruas e praças
E avenidas: um enorme tapete...
Meus filhos,
Em meu nome vocês edificaram capelas,
Construíram igrejas em planos,...